
MESTRES HOMENAGEADOS
Maria do Amparo
A homenageada do II Festival é a incansável e criativa professora Maria do Amparo. Nascida em Caxias, no Maranhão, Amparo veio para Imperatriz ainda menina e como herança dos antepassados africanos trouxe para a cena da vida, o desejo de libertação. Libertação das amarras do medo, da opressão e das injustiças. Foi buscar na arte e na cultura, alguns caminhos que apontavam para esse rumo. Tornou-se professora da rede pública em Imperatriz. Inquieta, buscou na dança, o meio para expressividade, elevação de autoestima e superação dos desafios, nos quais tais sujeitos eram colocados no cotidiano escolar e criou o grupo Kizomba.


O grupo Kizomba tem se destacado na cena cultural do Maranhão e apresenta no repertório atual as seguintes Danças: “Dança do Cacuriá”, “Dança do Lili”, “Maculelê”, “Ciranda”, “Lundu” e “Coco”, quão grandemente, circulou com os espetáculos “A Dança dos Orixás” e, “Ciranda Cultural”, esta que traz no repertório elementos das diversas danças citadas, além da homenagem à “Folia do Divino”.
Homenagear a Professora e Mestra Maria Amparo, para Marcelo Cardoso, Coordenador Geral da Casa das Artes, é reconhecer a importância de homens e mulheres que nos antecederam. Afirma ainda que, para ele, o trabalho da professora “educa o olhar para a percepção de nossas matrizes africanas e ameríndias com a beleza, força e, leveza estética que o Kizomba apresenta”. E conclui: “não é por acaso que a professora e o grupo tenham se tornado referência na região, e o que faz a diferença é a grande contribuição que vem dando à cultura maranhense pela pesquisa e compromisso com a difusão dos saberes dos mestres que fazem da nossa cultura, a fortaleza que é”.