
Concebido pela Associação Cultural Casa das Artes o Projeto Festival de Cultura Popular de Imperatriz nasceu em 2008 e foi realizado nas dependências do Colégio Graça Aranha.
Com o tema “Abença mestre – saberes e fazeres do povo”, a cerimônia de abertura foi precedida de uma mística em torno da fogueira, com brincadeiras de roda, ciranda, bom barquinho, pau-de-sebo e outros rituais lúdicos relacionados à cultura popular e à infância.
Na programação tivemos danças, oficinas, artesanato, comidas típicas, poesias, dedo de prosa com mestres de várias áreas, apresentação dos grupos Escurinho do Samba, Tambores da Mãe África, forró pé-de-serra do Mestre Felipão e o lançamento do CD de Dona Francisca do Lindô, uma das vencedoras do prêmio nacional “Culturas Populares”. O festival contou com a participação de vários mestres da cultura popular.
FICHA TÉCNICA
Produção: Lília Diniz e Marcelo Ricardo
Assistente de Produção: Alexandre Almeida, Victor Diniz de Amorim, Valéria Diniz de Amorim, Leonardo Pires e Cleiton Viana
Fotos, Filmagem e Edição: Alexandre Almeida (Janela Aberta)
Patrocínio: Secretária de Cultura do Estado do Maranhão

Concebido pela Associação Cultural Casa das Artes o Projeto Festival de Cultura Popular de Imperatriz nasceu em 2008 e foi realizado nas dependências do Colégio Graça Aranha. De volta à cena imperatrizense o festival, que vai para além de um simples evento, trás na programação apresentações artísticas, exposição e comercialização de produtos artesanais e comidas típicas, oficinas de danças, noite cultural, aulas espetáculos e a apresentação, articulação, debate e aprovação do Projeto de Lei “Tesouros Humanos Vivos” na Câmara de Vereadores.
A programação cultural inicia em Março com atividades previstas nas dependências da UFMA e UEMA, bem como em escolas da rede estadual de ensino, culminando com apresentações musicais e de danças na Avenida Beira-Rio dias 13 e 14 de maio de 2016.
O Projeto de Lei, que visa proteger o conhecimento tradicional e popular, disseminar saberes e amparar financeiramente homens e mulheres idosos, reconhecidos como mestres e mestras da cidade de Imperatriz que desenvolvem atividades culturais e deverá ser amplamente discutido com a comunidade acadêmica e a comunidade artística da cidade que discute a política cultural, o Conselho de Cultura e a Câmara de Vereadores de Imperatriz, no intuito de aprofundar o assunto e fortalecer as manifestações culturais difundidas por mestres e mestras como “Seu Escurinho do Samba”, “Dona Francisca do Lindô”, “Seu Constâncio”, “Seu Marcelino”, “Dona Eliza”, Maria do Amparo, dentre outros.Para a coordenadora de Projetos da Casa das Artes, Lília Diniz, é fundamental que os gestores das políticas públicas para a cultura de Imperatriz comecem a considerar, de fato, o universo da cultura popular tradicional como elemento do patrimônio material e imaterial como um bem

A exemplo do Projeto Circolando, que envolveu mais de duzentos adolescentes, crianças, jovens e adultos, seis educadores, mobilizando recursos para a cadeia produtiva do comércio e da cultura local, promovendo a arte e a educação, a Casa das Artes irá realizar o II Festival de Cultura Popular de Imperatriz com recursos provenientes do Edital da Funarte - Fundação Nacional de Artes (Minc) “Bolsa Funarte de Fomento Aos Artistas e Produtores Negros 2014”, aprovado em nome do produtor cultural Leonardo Pires. No estado do Maranhão foram contemplados apenas dois projetos, embora tenha uma grande população negra e atividades culturais de matrizes africanas com grande relevância para o Brasil.
O Edital, que visa promover a produção cultural de fortalecimento e afirmação das políticas públicas pelo fim da discriminação e preconceito étnico e racial por meio da arte e da cultura, concedeu 45 (quarenta e cinco) bolsas para projetos que promovam a reflexão, a pesquisa de linguagem e a criação nas áreas de artes visuais, circo, dança, música, teatro, preservação da memória e artes integradas que estão de acordo com Plano Nacional da Cultura, especialmente no que se refere ao reconhecimento, preservação, fomento e difusão do patrimônio e da expressão cultural dos e para os grupos sujeitos à discriminação e marginalização, e ainda em consonância com o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010), que estabelece em seu artigo 4º, incisos IV e VI, a promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à discriminação e às desigualdades étnicas e a implementação de incentivos e critérios de condicionamento e prioridade no acesso aos recursos públicos.
O produtor cultural Leonardo Pires, criador da Trupe de Habilidades Circenses e membro da Casa das Artes, finaliza ressaltando que a “cultura popular, além de ser um meio que promove a aproximação entre povos e grupos sociais, construindo e reafirmando sua identidade cultural, é ainda, fundamental no processo de recriação do cotidiano e que compete ao poder publico criar formas de garantir a preservação e difusão de suas manifestações, bem como de prover recursos legais e financeiros para a salvaguarda da história contada por meio das manifestações artísticas e culturais.”
OBJETIVOS
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Contribuir para o fortalecimento da identidade cultural dos povos dos interiores da região, indígenas e afro descendentes, bem como das pessoas vindas de outros interiores do Brasil.
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Contribuir para tornar viva a memória dos saberes tradicionais e valorização da manifestação e de seus praticantes;
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Construir/revitalizar conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano e na história das comunidades;
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Fortalecer rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do lazer/diversão e de outras práticas da vida social;
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Contribuir para a convivência respeitosa com a diversidade cultural, com a diferença e modos de fazer enraizados no cotidiano e na história do Brasil;
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Valorizar e contribuir com os povos de matriz africana e indígena para a formação de diversos aspectos das culturas populares e da cultura brasileira em geral;
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Valorizar os processos de resistência histórica das culturas populares, seus mestres e mestras;
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Trocar experiências entre mestres (as) de diversas manifestações da Cultura Popular, os estudantes e o público em geral;
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Possibilitar ensino de artes e ofícios;
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Sistematizar registro escrito, oral e audiovisual das experiências vividas no Festival; e
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Divulgar a cultura maranhense como afirmação e reafirmação da identidade brasileira e sua diversidade.
universal da humanidade. E relembra a importância da panelada para a história gastronômica da região, do cuscuz de arroz vendido nas portas cada vez menos, de Elias do Boi para o imaginário de muitas crianças.